01/10/2014
Poemas

A CARTA

Na escuridão a solidão me toca. Conforta-me em seus braços frios, invade meu coração, toma meu ânimo, ganha-me delicadamente, fazendo-me escravo.

Seduzido, pergunto-me: quem me dará amor como ela? Confiável, presente, fiel, pronta ao menor desejo. Não falha, não fere, não foge, estende o braço fino e pegajoso, sempre disponível.

Enlaçado perco planos e horizontes, troco vida por ventos. Eles passam e levam suas promessas. Adeus planos, desejos, enganos.

Adeus, adeus, adeus.

Estou aqui, no escuro que ela me encerrou, que me encerrei, que me permiti, não sei.

Adeus, adeus, adeus.

Quando receber esta, venha me buscar. Não posso sair daqui só.

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