Categoria: Poemas

13/02/2023

Mentiram-me os poetas, mentiram-me a religião! Sem deuses, destinos, espíritos; vagueio. Impelido ora por boas decisões, Outrora por más. E para o demais Restou-me Acaso.

08/08/2021

A felicidade adora brincar de esconde-esconde. E ficou tão boa nisso que, constantemente, só depois do fim da brincadeira descobrimos onde ela se escondeu. Mas às vezes, não muitas delas, ganhamos o jogo.E aí gritamos: 1, 2, 3 felicidade pega! É umas das delícias da paternidade. Feliz Dia dos Pais!

28/07/2020

Onde está o brilho desses olhos, meu amor?De quem é a íris opaca no espelho?Amor, acaso é a minha?Revelando o medo? A água morna é seu corpo.Amor, seu corpo quente, o acalentode meu corpo imerso em ti.Sob o olhar baço no espelho Um fraco lume agora, amor.Tens saudades daquele fulgor?Ficou perdido pelo caminho. A água, […]

02/07/2020

Há um globo de cristal dentro de mim (explodido)Caminhando desconjunto pelo meu corpo (cortando)Brilhando o brilho de minha alegria (reflexo)De cacos errantes expostos à luz. Há um globo de cristal dentro de mim (laminado)Correndo incansáveis espedaçando vísceras (moendo)Que chora feridas silencioso (chagas)Essência da não-matéria que sou. Há um globo de cristal dentro de mim (prismático)Que […]

10/12/2016

Coração grande pra mágoaRecebemos como presenteDe sonhos outrora aneladosE presentemente ausentes A vida sôfrega se arrastaSob céu chumbo encobertoFria, pesada e rápidaRumo a futuro incerto E neste caminho árduoPouco resta a esperarDiga adeus ao solGoze do frio luar E se a sombra dissiparCuide do sol com laborClareie o coração contusoA noite ronda com horror

14/06/2016

Eu morri de repente.Não por culpa tua!Por esperar continuamente;Não me deves desculpas. Se acordares de teu sono.É certo! Viverei novamente.Ficará pra trás o abandono;Que te imputei injustamente. Pois dormes imperturbável,Fazendo meu espírito perecido;Apodrecer de culpa, enjaulado. E cada nota tua descompassada;É como pá de terra lançada;Sobre o esquife que faço morada.

01/10/2014

Na escuridão a solidão me toca. Conforta-me em seus braços frios, invade meu coração, toma meu ânimo, ganha-me delicadamente, fazendo-me escravo. Seduzido, pergunto-me: quem me dará amor como ela? Confiável, presente, fiel, pronta ao menor desejo. Não falha, não fere, não foge, estende o braço fino e pegajoso, sempre disponível. Enlaçado perco planos e horizontes, […]