Textos autorais de Marcos Siqueira
14/06/2016

Eu morri de repente.Não por culpa tua!Por esperar continuamente;Não me deves desculpas. Se acordares de teu sono.É certo! Viverei novamente.Ficará pra trás o abandono;Que te imputei injustamente. Pois dormes imperturbável,Fazendo meu espírito perecido;Apodrecer de culpa, enjaulado. E cada nota tua descompassada;É como pá de terra lançada;Sobre o esquife que faço morada.

11/12/2015

Lutou aguerrido! Aniquilou inimigos, amansou feras, aliou-se aos falsos, aumentou a fortuna de outrem. Prosperou notavelmente, mereceu o pouco conforto. Migalhas de reconhecimento o empurravam pelas costas. Exauriu! Sua alma anoréxica foi recolhida, saciada pelo dever cumprido.

01/10/2014

Na escuridão a solidão me toca. Conforta-me em seus braços frios, invade meu coração, toma meu ânimo, ganha-me delicadamente, fazendo-me escravo. Seduzido, pergunto-me: quem me dará amor como ela? Confiável, presente, fiel, pronta ao menor desejo. Não falha, não fere, não foge, estende o braço fino e pegajoso, sempre disponível. Enlaçado perco planos e horizontes, […]

22/10/2010

O dia estava quente e seco, o que é comum em Brasília. Cheguei ao estacionamento no horário de almoço, como era meu costume na época. O terno azul escuro incomodava absorvendo o calor do sol brasiliense. Deixei o paletó no banco de trás, soltei o nó da gravata e desabotoei o colarinho. Antes que eu […]